Este foi o ano das comemorações do VII Centenário da passagem para a Glória do último mestre da Ordem do Templo , Don Vasco Fernandes, falecido em 1323, enquanto comendador da O.Cristo em Montalvão.
Um exemplo de transição pacífica em Portugal, entre uma Ordem e outra, naqueles tempos áureos e dionisinos, ao contrário de em outros países onde também existia a Ordem.
Este cavaleiro com origem no Entre Douro e Minho , como seu irmão, uma terra onde a Ordem começou, junto às vias de acesso a Compostela, enquanto também faziam assistência a peregrinos ( tal como no Oriente era sua função primeira) foi iniciado na Ordem, por seu tio (provável) D.João Fernandes e foi feito mestre em 1295.
No sábado , 22 de julho em Montalvão realizou-se a sessão evocativa O primeiro Orador foi Joaquim Nunes, presidente da Associação Cultural Templ'Anima de Tomar, e membro do Conselho de Administração da TREF , que fez a evocação de Maria Madalena, a Apóstola, segundo a nova nomenclatura do Vaticano e aqui presente em imagem original e única nesta igreja de Montalvão, sendo este o seu dia litúrgico. Destacando este facto, concluiu que uma terra também se promove pela sua imaginária patrimonial.
Seguidamente sobre a vida do Mestre e da Ordem falou especificamente o presidente da Comissão Científica portuguesa, dr.Ernesto Jana, com o recurso a mapas cronológicos e imagens monumentais ali projetadas.
Acerca das influências compostelanas presentes na lápide tumular, única possível de atribuição ao mestre Vasco Fernandes na igreja de Montalvão: referimos aqui a heráldica dos Fernandes segundo a imagem do livro do Armeiro-Mor (de 1509 a mando de Dom Manuel, por João de Cros ) onde se refere Diogo Fernandes , nobre galego, conde de Portucale , séc XI e sec XII, conde de Guimarães, onde estão presentes as vieiras . Quanto à lápide que se mostra da igreja matriz de Montalvão –onde descansa o mestre segundo as crónicas- anotamos que o hexafolio ao centro, está presente em várias cabeças de sepulturas medievas em Tomar Quanto às vieiras : são o símbolo de um peregrino que regressa a casa do Pai , a Compostela- campus stella- campo de estrelas (ou via Láctea, a que todos pertencemos, com a Terra) – Dom Vasco Fernandes, companheiro de lutas com Dom Dinis e de processos de paz: presente nos acordos de Alcanizes, para definição de fronteiras.
A propósito, acaba de sair um livro de um ilustre montalvense-Luis Gomes- sobre este mestre. A ler !
Estiveram presentes no evento os coros de Jerez de los Caballeros e Canto Firme de Tomar . De notar a ausência do tb tomarense T.Honoris (tão omnipresente e avisado) mas que vestindo sua indumentária templária , prefere fazer presença em inauguração de hotéis…(será este um dos tais “ detalhes que fazem a sua diferença” ?) ...e ser “cenário “ de um Grupo excursionista e “influencer” a querer meter-se em todo o lado, o dos pobres Cavaleiros (sem cavalo)! .
No que concerne ao T. Militar , prossegue a sua saga desenvolvimentista assessorando a CIM Medio Tejo no que chamam um projecto piloto de âmbito nacional (!?)... mas afinal quem pilota aqui o quê ?...é caso para dizer tão novos e já pilotam (!) ,estes” líderes” de opinião!...Na sua óptica de “estruturação” (ou será desconstrução?) de uma rede temática templária vão ampliando-a até com duplicações estranhas. Por exemplo na Listagem de terras templárias anexam a região do Foz Coa…que não sei se alguém encontrou algum templário “grafitado” nas rochas ou se é por causa de Muxagata que historicamente pertence à comenda de outra região (Longroiva/ Meda) que tb está na Lista e não pode estar portanto em 2 referências em simultâneo! Também inventaram na listagem de câmaras a abordar o Município de Idanha a Velha que evidentemente não poderá responder pq simplesmente não existe actualmente : só há uma câmara das Idanhas e é a Idanha a Nova !
Será um produto “templario” diferenciador ou confusionista : que visa abranger uma salada de municípios (como Abrantes e Torres Novas) que tem a ver com outras Ordens ou eram régios !...No fundo, provém de um fundo (a-histórico) de “expertises” politécnicos, incluindo o homem que perdeu as eleições…E rematam que está previsto a sua divulgação no espaço europeu e internacional (outro?)... Na realidade o que se passa é simplesmente uma forma de integração na Rota Europeia Templária , por exigência burocrático-financeira oficial , pois é impossível na fase actual, aderir à TREF, cada município templário português um a um , pelo que é preciso agregá-los num colectivo associativo e depois sim fazer essa integração…coisa de que já se fala e sabe desde o episódio da Troika !
Já nos bastava uma funcionária autárquica que confunde o tempo longo de Braudel com o tempo longo dos cozinhados: arrolando na listagem de eventos templários um concurso de cozinha da TV realizado num jardim do burgo (omitindo outros, o que demonstra uma certa parcialidade) …ela que avalia eventos…nem distingue a dança arábica oriental de outra arte ocidental !! (relembrando uma cena/ diálogo passado junto ao NAC/Tomar) !
POR TOMAR INTERNACIONAL NA CULTURA E NA ARTE !
A nossa associação – Templ’Anima - também colaborou na preparação da candidatura ao evento de arte contemporânea em Rovereto (norte de Itália, provincia de Trento) no Human Rights-Hope da AIAPI –Associação Internacional de Artistas Plásticos de Italia, único partner oficial da UNESCO no campo das Artes Visuais. Evento internacional que decorreu desde 2 de junho até 2 novembro deste ano , onde participaram 38 países de vários continentes , sendo a tomarense Carla Marina a única portuguesa selecionada para esta mostra, por 5 meses, cuja duração é bastante excepcional.
Trata-se da maior exposição mundial de arte contemporânea dedicada aos Direitos Humanos, cujo curador, o Dr. Roberto Ronca, sabe fazer brilhar as obras dos artistas e potencializar a sua Arte. Conforme as suas palavras: "não damos prémios pomposos, mas a oportunidade de mostrar o talento de modo direto ao público... deixamos a aparência para os outros, nós somos a essência "! Uma expo colectiva organizada em colaboração com a Fundação Campana dei Cadutti, sediada no norte de Itália, que propaga os Direitos Humanos, segundo as metas e objetivos da Agenda 2030 da ONU. Evento único no mundo , já na 17° mostra internacional e cuja vernissage decorreu no dia 2 junho.
Este evento foi noticiado em primeira página pelo jornal Cidade de Tomar, mas houve quem deixasse cair a informação , enviada atempadamente, colocando-a em pendência permanente (portanto invisível)...como foi o caso de um site dedicado a Tomar, cuja motivação ignoramos: será que o seu autor pensa que trabalhamos para a Câmara (em demasia, para o seu gosto?!)...a verdade é que não somos assim tão subsídio dependentes como outros ; se fomos à vernissage a Itália, cada um pagou a deslocação do seu bolso. Em vez de propagar uma artista da terra - cuja obra inclusive esteve este ano nos Corredores da Assembleia da República em Lisboa - ele prefere publicitar meias em plena Festa dos Tabuleiros…ah grande defensor da terra ou melhor das águas !
Para terminar , quanto a este novo ano que começa - 2024 - e continuando na senda da exaltação da Urbe templária : propomo-nos comemorar e destacar os 850 anos dos Forais de Tomar (II) e de Ozêzar .