Esta marcha foi encomendada a Alfredo Keil ( o autor do hino nacional) pela cidade de Tomar , a quando do último centenário do óbito do mestre templário e fundador da cidade em 1895. Foi interpretada em Setembro desse ano, por 3 bandas militares (sabe-se que o RI 15 ,não estava presente em Tomar,nesta altura, e as bandas filarmónicas da cidade eram ainda jovens- há pouco nascidas- pelo que não teriam o já longo prestigio e prática das bandas de origem militar- razão também porque não consta ao que parece tal hino nos seus arquivos. )
Assim sendo , na ocasião dos 850 anos da fundação da cidade , e sabendo da existência desse hino, dirigimo-nos ao Museu da Musica em Lisboa , onde acabámos por encontrar no espólio do compositor a obra original (há muito esquecida : não editada até hoje ao que sabemos,ao contrario de outras peças suas) e cujas pautas digitalizadas a partir desse original, foram entregues à Câmara de Tomar.(Div.Cultural) em tempo oportuno, para distribuição pelas bandas do concelho.
Uma oportunidade nova de execução desta obra que faz parte do nosso patrimonio e de nossa identidade e que nós tomarenses já não ouvíamos há 100 anos !...
Instrumentalmente referem-se na 1ª folha da pauta : fautim, flauta, oboé, requinta(peq.clarinete), clarinetes,saxofones,cornetins,fliscorne(trompete), trompa,clarim,trombones,e bateria (triangulo,caixa,bombo e pratos) cuja evolução está disposta em 25 linhas ,desdobrando-se ao longo das 15 folhas da pauta.
Para obter a pauta completa relativa a cada instrumento/executante há pois que transcrever a linha respectiva ,ao longo das 15 paginas da obra ( trabalho auxiliado pelos programas informáticos Sibelius ou Finale).
Sabemos que naturalmente cada banda tem o seu proprio reportório , mas tal como foi feito para o Hino nacional há pouco, acreditamos que é possivel mobilizar as bandas em torno de algo que nos diz respeito a todos enquanto tomarenses: este hino de homenagem a Gualdim.
2 bandas do concelho tomaram já contacto com as pautas e os seus maestros começaram m a fazer o necessario trabalho de adaptação..,nomeadamente a instrumentos de hoje A peça apresenta um certo grau de dificuldade e exige cerca de 60 musicos, de forma a que se possam bem ouvir todas as vozes ....
Entretanto haverá uma primeira audição pública , já no último fim de semana deste mès , através da execução do estudo prévio, feito para piano, por Keil e que acompanhará musicalmente a colocação de uma lápide (de nossa iniciativa) com o nome de todos os mestres templarios na igreja-panteão de Sta Maria dos Olivais .
Será no domingo 30 de Outubro - de qualquer modo ainda dentro deste mês - porque (de forma lata) :
é o mês de Gualdim (óbito a 13 Outubro)...é o mês de Keil - que fez o hino a Gualdim- e morreu a 4 /outubro...é também o mês de S.Iria - a quem Keil fez uma Ópera - (dedicada àquela santa ...cujo dia é 20 outubro)...e é o mês em que terminam as comemorações do centenario da Republica – sendo que a Portuguesa de Keil foi aprovada como hino nacional ,na Constituição de 1911...tudo coincidências a “forçarem” tal limite !
Foi aliás na nossa região no sitio do castelo de Paio Mendes , a pouco mais de meia légua de Dornes ,
onde Alfredo Keil passou vários anos da sua vida, pintando e criando música…. chegando mesmo a ser condecorado com a Ordem de Cristo ,por mérito artistico.
Recém-iniciado no rito maçon do Grande Oriente Lusitano ele achava-se desperto para receber as influências e a inspiração daqueles lugares onde ainda habitavam (em espírito) os cavaleiros do San’Graal ...que ali tiveram suas comendas e lagares..entre o grande Pinhal e as águas do Zêzere!
Para maior visibilidade da igreja templária de Santa Maria dos Olivais
S.Maria foi Panteão dos cavaleiros-mestres da Ordem do Templo,durante todo o sec XIII. Mas 2 séculos e meio depois , a pretexto de obras de ampliação ao culto , mas ainda sob a influência destruidora de sua memória na Europa , iniciada pelo rei capeto Filipe IV de França , foram mandadas arrasar todas as arcas tumulares daqueles mestres, nesta sua igreja-panteão!
Hoje, que está na ordem do dia uma campanha europeia pela reabilitação da cavalaria Templária, inclusive por parte do site do Vaticano que tem publicado textos absolutórios das acusações que lhe eram feitas na época , é de elementar justiça à memória daqueles bravos e piedosos mestres - também pedagógico e valorativo para quem nos visita- que se perpetuem os seus nomes na igreja, colocando uma simples lápide , imitando tampo de sepultura , na igreja de S.Maria , com breve resenha biográfica (nome e datas de mestrado) de todos eles... Tal será fazer reviver veramente o espirito do lugar e da Ordem fundadora também desta igreja mariana!
Assim e no rescaldo das comemorações da fundação da cidade e devolvendo a honra aos cavaleiros templários e á sua memória... também aqui em Tomar- uma das sedes da Ordem e única integralmente conservada na Europa ocidental- será aposta na vertical e de forma auto-sustentada com suporte na capela de Gualdim , uma lápide memorial dos Mestres do Templo ( segundo o modelo anexo e já colocado á opinião pública desde 2007) .
Acto de homenagem histórica da cidade, cujo descerramento será acompanhado da execução da “Marcha de Gualdim” de Alfredo Keil.
Gualdim está vivo ! ... sempre presente no meio de nós !
Qual a relação da Paio? conheço o bairro de Paio Pele na Chamusca e Payo de Pelle local da igreja de Santa Maria do Zêzere actual cemiterio de Praia do Ribatejo.
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