Tomar,
lugar central e cidade patrimonial , é ponto de passagem
e pausa para outros destinos. Integrada -ontem como hoje- na rota
mística para "os chãos de Iria" : há um milénio caminho
para Iria Flavia / Compostela, neste século via para Cova da
Iria/Fatima …
No entanto uma coisa são os antigos caminhos de Santiago outra os caminhos recentes de Fátima. E cada um tem a sua via e visibilidade própria (não misturar portanto os terrenos, nem descaracterizar a sua imagem identificadora). Vem isto a propósito de uma tendência actual e não só local de colocar no mesmo saco por exemplo rota templária e rota de santiago ou a de desuniformizar os seus logos (aparecendo com aspectos diferentes conforme o local) contrariamente ás normas legais europeias e cientificas (invariabilidade identificadora por definição).
Mas centremo-nos nos pontos em discussão sobre onde o caminho há-de passar em Tomar. A ponte de Peniche é obvia : não tem de ser "romana" para isso, basta que seja medieval (e é-o de certeza na sua configuração actual) tal como o é a tradição do Caminho , a "inventio" Compostela é da alta Idade media, não do tempo dos romanos...
Agora se o caminho antigo que vem direitamente da antigamente denominada rua das Poças (tal como ainda se lembra um vizinho) está bravio e amatagado em algum curto troço desbravem-no e arranjem-no , não inventem um novo a passar por velho: é gato a passar por lebre!
Quanto a considerar a calçada de Santiago que une a cidade ao castelo, como sendo troço integrante do mesmo caminho compostelano...isso oferece-me bastantes dúvidas . Trata-se apenas de uma designação identificativa de uma direção viária para chegar a uma porta do castelo chamada de Santiago : a primeira porta em arco que encontramos depois da subida , em cujo passadiço vigiava um cavaleiro de pedra , o Santiago Mata-mouros (tal como existe em outros castelos do reino)... tal se pode constatar no relato de uma viagem de D.João V passando por Tomar em seu tempo, em que ainda era visível in loco a estátua referida.
Agora do que não tenho dúvidas e está esquecido é que o Caminho a Compostela passava obrigatoriamente pela igreja de Stª Maria dos Olivais ,em plena e plana cidade . Atestam-no por um lado documentalmente, as indulgências papais medievas aos viandantes romeus que a visitassem em seu caminho, e por outro, ainda hoje bem visível, a concha ou vieira inscrita lateralmente no portal em arco da torre em frente da igreja , cujo piso térreo com sua galilé serviria à confraria local de S.Maria e albergue de peregrinos.
No entanto uma coisa são os antigos caminhos de Santiago outra os caminhos recentes de Fátima. E cada um tem a sua via e visibilidade própria (não misturar portanto os terrenos, nem descaracterizar a sua imagem identificadora). Vem isto a propósito de uma tendência actual e não só local de colocar no mesmo saco por exemplo rota templária e rota de santiago ou a de desuniformizar os seus logos (aparecendo com aspectos diferentes conforme o local) contrariamente ás normas legais europeias e cientificas (invariabilidade identificadora por definição).
Mas centremo-nos nos pontos em discussão sobre onde o caminho há-de passar em Tomar. A ponte de Peniche é obvia : não tem de ser "romana" para isso, basta que seja medieval (e é-o de certeza na sua configuração actual) tal como o é a tradição do Caminho , a "inventio" Compostela é da alta Idade media, não do tempo dos romanos...
Agora se o caminho antigo que vem direitamente da antigamente denominada rua das Poças (tal como ainda se lembra um vizinho) está bravio e amatagado em algum curto troço desbravem-no e arranjem-no , não inventem um novo a passar por velho: é gato a passar por lebre!
Quanto a considerar a calçada de Santiago que une a cidade ao castelo, como sendo troço integrante do mesmo caminho compostelano...isso oferece-me bastantes dúvidas . Trata-se apenas de uma designação identificativa de uma direção viária para chegar a uma porta do castelo chamada de Santiago : a primeira porta em arco que encontramos depois da subida , em cujo passadiço vigiava um cavaleiro de pedra , o Santiago Mata-mouros (tal como existe em outros castelos do reino)... tal se pode constatar no relato de uma viagem de D.João V passando por Tomar em seu tempo, em que ainda era visível in loco a estátua referida.
Agora do que não tenho dúvidas e está esquecido é que o Caminho a Compostela passava obrigatoriamente pela igreja de Stª Maria dos Olivais ,em plena e plana cidade . Atestam-no por um lado documentalmente, as indulgências papais medievas aos viandantes romeus que a visitassem em seu caminho, e por outro, ainda hoje bem visível, a concha ou vieira inscrita lateralmente no portal em arco da torre em frente da igreja , cujo piso térreo com sua galilé serviria à confraria local de S.Maria e albergue de peregrinos.
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