31.12.21

Em jeito de Balanço...









 Em jeito de balanço de mais um ano “covidico” aqui deixamos algumas notas .

 A abertura oficial de um espaço TREF a 18 março (dia de Jacques Demolay) na Praça da Republica . A participação na AG e CC da Rota Templaria em 23 julho e a Conferência evocativa do 13 Outubro e de Gualdim Pais por membros do Comité Cientifico da TREF realizada na Biblioteca Municipal que culminou com a exposição sobre a acção templaria no edificio Vieira Guimarães/Corredoura .



Esta expo decoreu entre 13 outubro (dia Gualdínico) e 14 novembro - sob o titulo “As Cores da Ordem” - realizada pela Associação Cultural Templ'Anima com o apoio da Camara Municipal de Tomar.




A súmula da expo é um reafirmar das veras questões, contra arrivistas e obscurantistas .

A implantação da Ordem – para lá das confusões e apropriações indevidas - documentada como tal.

Uma centelha que irradia pela Europa : na verdade historiando as origens desta expo...tudo começou com a intenção de participar na grande exposição francesa sobre os templarios em 2012 pretendendo dar a conhecer outros lugares nomeadamente ibéricos por onde a acção da Ordem se extendeu.



Assim enunciamos a biografia de Gualdim : a Charola e seus capiteis , os relicarios, a luta na Terra Santa ou contra Almansor no cerco de 1190 em Tomar. Evocamos a Ordem na lapide dos mestres em S.Maria , na representação “Didaké” da admissão/iniciação de um cavaleiro neófito circa 1286 (provavelmente o que viria a ser o último mestre) cuja terra final tb evocamos: Montalvão !



E falamos da Rota Templaria Europeia , nossa “bandeira” e objectivo ultimo da nossa Associação.

Apresentamos tb a colaboração de uma vera “ templaria” que colocou a sua arte pictórica , figurativa e abstrata, ao serviço da Ordem e suas cores que a influenciaram subliminarmente durante sua vivência na região! 



E de tudo isto damos conta num magnifico catálogo produzido para o efeito e de que ainda possuimos alguns exemplares para quem estiver interessado.



Segue-se o conteúdo de um painel (colocado à entrada) que articula as suas duas partes a documental e a artistica :

As cores da Ordem que são também as cores da cidade:o branco, o negro e o vermelho estão omnipresentes nesta exposição com seu simbolismo próprio. Também a cor do burel que os serventes do Templo usavam.Trata-se primeiramente de um registo da Ordem em Portugal desde o seu alvor até à sua evocação-memória de lugares e actividades nos dias de hoje.



Sequencialmente à parte documental, apresenta-se outra de natureza pictórica onde essas cores constituem formalmente a mancha predominante, por quem as absorveu vivendo na região.



Obra de matriz expressionista -figurativa e abstrata- onde se expôem estados de alma e sentimentos. E sendo telas criadas por uma artista plástica que afirma “solidarizar-se com a sua natureza” associa-se-lhe também, pontualmente, a cor da pele no seu assumir de uma afirmação da Mulher dentro e fora da Ordem,ontem como hoje.”



Por último, mas não menos importante : um extrato da intervenção no Coloquio templário da Barquinha a 13 nov 2021 feita por Carlos Trincão, consultor da Câmara Municipal de Tomar para os assuntos da TREF , intitulada “POR UM ITINERÁRIO CULTURAL EUROPEU DO PATRIMÓNIO TEMPLÁRIO”.

“ 2-ANTECEDENTES DA ROTA TEMPLÁRIA EUROPEIA

No blogue da Associação Cultural Templ’ Anima, de Tomar, lê-se tratar-se de “uma associação dedicada à Evocação Histórica e à Valorização Local, aberta a todos os interessados na Demanda de um novo itinerário cultural europeu ligado aos Templários, com centro em Tomar, por ser a sede europeia conservada mais completa (Castelo e igreja Rotunda).”

Esta Associação, de que fui um dos membros fundadores, foi criada há  bem mais de duas décadas e, pela mão do seu Presidente, o Joaquim Nunes, perseguiu este desígnio apaixonadamente.

Em boa verdade, a ele se deve a criação da TREF, a Templars Route  European Federation, e isso deve ser incansavelmente sublinhado pois o mundo em que vivemos é pródigo em indevidas apropriações.

De facto, basta ver o que o blogue guarda desde 2007 para ter uma ideia  da Demanda que o Joaquim Nunes vem perseguindo.

Pela sua mão foi elaborada uma lista mais ou menos exaustiva de lugares  templários na Europa, ensaiou um Programa Cultural Europeu para tal, que não resultou, insistiu na evocação do assédio ao Castelo de Tomar com umas espadeiradas anuais quando ninguém ligava ao assunto e que, agora, é a Festa Templária de Tomar, apesar de a Templ’Anima ter sido arredada da sua organização e omitido o seu papel, e conseguiu, apesar do mar encapelado que lhe tolhia caminhos, levar duas vezes a Tomar a Mão de S. Gregório Nanzianzeno.

Entretanto, entre 24 e 26 de Outubro de 2012, organizado pelo Departamento da Região da Aube e pelos Arquivos  Departamentais da Região, teve lugar, em Troyes, um colóquio internacional sobre a Economia Templária no qual participou como conferencista o nosso amigo e sócio da Templ’Anima, Ernesto Jana, que esteve acompanhado pelo Joaquim Nunes, como participante. Note-se que tal participação foi feita a título pessoal e associativo sem qualquer intervenção do Poder Local de Tomar.

Quis o Acaso (ou o Destino! Nestas coisas, a gente nunca sabe quem manda…), que o Joaquim e o Ernesto pegaram conversa com François e Valérie Gilet, uma casal de historiadores locais independentes, que participavam no colóquio e a quem, porque as conversas são como as cerejas, falaram do projecto da criação de uma rota europeia templária.

O entusiasmo foi de tal ordem, que o casal Gilet abordou os responsáveis pelo Departamento da Aube para o projecto.

Seguiu-se uma visita a Tomar daqueles dois historiadores e contacto com a Autarquia. A coisa pegou, e pouco depois houve deslocação oficial da Templ’Anima e da Câmara de Tomar a Troyes para acertar ideias.”