Do final do sec XIII em plena época
dionisíaca chega-nos com Isabel de Aragão um ritual de bem servir á
mesa do rei , nomeadamente quanto ao perigo de envenenamento .
Assim se procedia com cuidado , por
parte dos Oficiais de mesa , que era o Copeiro-mor (Pero Pais , no
tempo de D.Dinis) , um seu auxiliar ou Copeiro pequeno, o Roupeiro ou
manteeiro que trata das toalhas, e o Vedor que com sua maça funciona
como mestre sala velando pelo bom ordenamento de tudo.
A copa real era na época uma arca ou
pequeno aparador servindo de assento á baixela do Rei e que se
encontrava perto da mesa real. As abreviaturas (no texto abaixo) MD
e ME significam Mão Direita e Mão Esquerda . O gomil é um jarro e
o bacio uma pequena bacia ou vaso(cf. Figura).
A salva é tb um pequena bacia ou
bandeja com rebordo e a copa do copeiro pequeno , trata-se de um
pequeno copo. O Graal é naturalmente um calice com sua patena ou
cobertura.
CERIMONIAL
Convém treinar bem e repetidamente isto para que não se troquem as mãos na hora. Parece confuso á primeira , mas depois entra na rotina e torna-se bem simples...
Foi o que fizemos no Recinto dos Cavaleiros do castelo de Tomar durante o 2º semestre do ano de 2006, quando realizávamos o Prandium ou almoço monastico-militar Templario.
Algo qualitativamente pedagógico sobre a época e que convém ter em atenção por aqueles que olham por defeito e prioridade para o quantitativo …
(Prandium na Galeria da Igreja S.Maria dos Olivais)