Interrogamo-nos hoje, na continuação desta estoria, se nao terá viajado santa Iria, entre Tomar e Santarém, sim, mas em sentido contrário ao da lenda e pela velha estrada romana, com os cavaleiros do Templo provávelmente...
2- A proposito da descoberta de Thomar, a abandonada...
E descendo os cavaleiros contra poente ali
descobrem outras salas com seu pavimento ladrilhado de tijolos e, por uma
abertura no terreno abatido, ali vêem umas criptas ou casas subterrâneas
abobadadas (vide J. Sousa,1903),talvez sistema de aquecimento de um “balneum”
(termas)com paredes espessas e cadinhos de grés...(até porque a norte avistam
uma grossa conduta de agua que vem do rio, semelhante á de Conimbriga).
Próximo, viam-se ainda restos de outras casas, em
volta de um pátio interior, quadrado, como era comum nas ricas casas romanas (do Norte de África,
Coimbra ou Torres Novas) com fonte ao centro; também na Andaluzia...
Mas a invenção (achamento) mais singular - foi
segundo parece - ali a de 2 lajes de pedra mármore com inscrições...
(INTERMEZO)
-Aqui o 1º Sábio interroga-se : - Mas que pedras eram aquelas?
Possivelmente,
simples aras votivas aos deuses, junto
às termas ou curso de água, como era costume entre os romanos.. há indícios de
possíveis templos ou santuários na zona, dedicados a Marte e Vénus...daí a mosteiros dúplices,
só devido a imaginações lácteas, como aquelas que inventaram o Campus Stella...
sempre à procura de “exempla”, para suas
pregações!
Perto,
encontrou-se também um medalhão (de pedra) em baixo relevo representando um
touro votivo igual ao encontrado no verso de moedas de Augusto e Tibério.
2º Sábio-...Embora também pudessem pertencer à
cobertura de urnas, com seu resguardo de telhões, à maneira de templo, como
também era usual nas famílias ricas : foram encontradas 2 sepulturas cobertas romanas perto do Forum... possívelmente alguns Edis sepultados junto ...
E
tal como aconteceu na região de
Bezelga,onde se encontraram (além de uma calçada de mosaico romano,com nós de
Salomão...) umas 7 dezenas de ossadas da
época romana, junto a um cipo,várias “pedras com letras” e 2 moedas datadas: sendo o achado atribuído
aos santos mártires donatistas norte-africanos (sec IV) do abade Donato (fundador na
região de Valência do mosteiro de Servitanum) e seus 70 monges errantes ,pobres
e vagabundos, também chamados do “Circumcélio” (neste caso ,talvez por
afinidade: Circum Sellium - realmente perto de Sélium!)...aqui mãos piedosas,
julgando-se perante santos despojos cristãos, ali resolveram erguer uma espécie
de capela funerária de contorno quadrangular, com seus arcos e cúpula redonda
(tipo martyrium) sacralizando e aformoseando o lugar...
Aliás por todo o País, muitas lápidas de cidadãos romanos deram origem a ermidas
ou serviram de pedra de altar de igrejas cristãs posteriores!
E, para reforçar este
ambiente “sacro”, foi encontrada ali na margem alcantilada do rio, uma gruta
natural, de cujos paredes escorria água, convertendo-se o lugar desde logo em
centro de veneração (porque misterioso, como qualquer gruta: muitas vezes
santuários femininos) criando fama ali as àguas de serem milagrosas, curadoras
de doenças (se já não o eram antes, na memória moçárabe da região)...
3º Sábio:- Mas
voltando às tais lajes - que inscrições conteriam?
A
tradição fala-nos de uma Casta e uma Júlia... Na hipótese de ter sido aqui encontrada (entre outras ) aquela ara votiva
a Pietá - abstração divinizada do panteão romano - dedicada por Valério Máximo
e suas filhas (depois colocada no Castelo)...seria esse o nome das filhas de Valerio? ... Culto flâmine também
presente junto a Mérida e semelhante ao gesto de Tibério no ano 43 em Roma,
dedicando também uma Ara Pietatis Augustae, com seus relevos onde são visíveis
cenas sacrificiais e processionais com
carneiros e touros. Aliás a imagem de
um touro em relevo numa pedra... jaz
colocada, como sinal, na casa de Iria sobre o rio!...e a reforçar , existe uma moeda
de Cascantum, do tempo de Tibério,com imagem semelhante...encontrada na zona.
Mas
,vejamos os nomes: por outras pedras
encontradas em Bobadela, Oliveira do Hospital, junto à via romana frequentada por Valério, sabe-se da existência coeva de uma tal Júlia
Modesta , dedicante também de Aras a Pietá (culto familiar?) e com parentesco
assinalado aqui na região, em S. Pedro Cast(r)o
: numa lápide que refere uma Antonia Modesta e uma Antonia Máxima...
(Coincidência significativa: este epíteto de modesta é uma variante de casta,entre outros
significados,na lingua de Roma!)...
Aliás,se
estes nomes aparecidos em vários locais correspondem ás mesmas pessoas,que
comprovadamente se deslocavam amiúde, então o rasto de Valério Maximo acaba em
Coimbra ,onde se regista (vide Hubner)o seu epitáfio com 80 anos,á volta do
final do século (podendo portanto não
ser este o conhecido cronista acompanhante dos feitos romanos)...
4º Sábio -Quanto à tradição existente duma Stª Casta,freira, esta é mais tardia e não
coeva. Trata-se de uma popularização de
um culto trazido para aqui pelos franciscanos da Umbria/Italia a Stª Rita de
Cassia,mui popular desde sua morte em
1457. Isso é visível no Almogadel, onde a imagem em hábito daquela patrona,é
tratada no local por santa Casta
(popularização de Cassia)... Também próximo, temos o loco da
Ave Casta ( primo castro romanizado e depois herdamento medievo de clérigo,com
seus algares belos e misteriosos) certamente personificação do Paracleto : a
pomba branca do Espirito Santo,mais a norte chamada de Stª Comba(de Columba).. aqui talvez memória rural romana de
estatutária evocativa de Artemisa,a Casta (também representada por pomba).
Aliás
na lenda de S. Iria,impressa e fixada pela primeira vez , nos breviários de
Braga (1494) e de Évora (1528), portanto posteriores á morte de Stª Rita,
abundam os derivativos : Cassia, Casta,
Castinaldo...
Cassia é omnipresente na
região: como mulher do governador, ou
como mulher de funcionário romano na lenda de stª. Cita, pretensamente
atribuivel à época imperial - sempre afinal em lugar de destaque - tão importante
como foi no seu tempo a 2ª lei Cássia (43 AC) para a promoção dos plebeus a
patrícios... o que também pode ser uma das memórias gratas aos municipes com
assento no dito!
A bela imagem quatrocentista de Santa Casta de Almogadel ,que "os filhos da terra" em 1983 resolveram remodelar junto com sua capela antiga , já que arruinada e fartos da ausencia de apoiois oficiais ...(para o caso da imagem devem ter-se socorrido de algum pintor local...e talvez uma esteticista...) a culpa nao e' deles, face ao resultado actual ...o new look !
5º Sábio- Noutra
hipótese, haveria junto ao rio alguma inscrição pétrea, fazendo referência à
construção do espesso muro de cantaria ali erguido pelo acampamento militar
romano denominado em latim: Castra Julia, por oposição a Praesidium Julia que
significa guarnição ou praça principal (esta sediada em Scalabis O que também é
coerente com a memória dos povoadores que referem aqui: uma fortaleza e coincide com os sinais no terreno: paredes
espessas de dois pés e a assinalada
presença de Maximiano, o construtor de muralhas
. (conforme o miliário).
No
Duzentos,quando se dá também a invenção do rio Nabão (antes rio Thomar)
afirma-se num manuscrito “ sive Nabão fluvio,qui fluit justa castrum de
Thomar”
É
provável pois, que este conjunto de circunstâncias locais e temporais,
fornecesse assim material para a lenda posterior de S. Iria e de suas “tias”
Júlia e Casta .
Não esqueçamos que até
Compostela, nasceu da lápide de um
simples cidadão romano! A peça mais jacobeia que existe é afinal uma ara romana
(dedicada a Neptuno) onde se começou a dizer , que ali se amarrara a barca do
Apóstolo...e que depois, por isso,
serviu de base a altar cristão no sec VI
em Stª Maria de Iria (Padrón)... Enfim, na época quaisquer letras
latinas/romanas na pedra,excitavam as imaginações dos clérigos( e não só)
medievais... sempre na demanda de santos em terra, monstros ou sereias no mar e
dragões no ar! (hoje ainda há contudo
sinais intrigantes a serem considerados (por alguns letrados e não só)
de origem extra-terrestre...mas geralmente sem carga divina...
Coincidentemente... noutra região também de
actuação histórica da Ordem do Templo, em Fonte de Arcada /Penafiel do vale de
Sousa - mais própriamente no Monte
Mozinho, veio a ser “cristianizada” uma outra construção tumular, com aras aos deuses do panteão romano; e por ali serem encontrados muitos pesos
de tear, certamente, se criou a lenda de
ser aquele o local da vida e martirio
pelos godos – no Cinquecento - de
uma tecedeira cristã chamada Iria.
6º Sábio- Mas aqui (Tomar), pela proximidade sabida de um
mosteiro ou igreja (de Sélio, de que trataremos
adiante) se deu a invenção de uma Santa Iria, freira degolada - na tal gruta
milagrosa - e atirada rio abaixo, a que
associaram Casta e Júlia como “tias” também freiras... criando-se assim
a fama de ter havido cá um mosteiro dúplice, segundo a literatura legendária
das Astúrias, pródiga em fornecer biografias
e nomes dos quais mal se conhece o lugar ou data de existência...
Mais
próximo da verdade talvez o rimance popular, que em terras do Templo- como
Santarém e Monsanto- canta Iria levada
por um cavaleiro... Efectivamente ao próprio Templo não seria desagradável , já
que obrigados a perder Santarém, tão duramente conquistada (sua sede) e transferidos para aqui de armas
e bagagens, terem trazido consigo também o culto famoso da santa, criando aqui
outro polo aglutinador de gentes em
torno daquela tradição. Terá viajado a
santa, entre Tomar e Santarém, sim, mas em sentido contrário ao da lenda e pela
velha estrada romana, com os cavaleiros do Templo provávelmente!... Verdadeiros cavaleiros “irénicos” ,
se atentarmos também naquele outro sentido: de se “entenderem”, conjunturalmente, com outros povos do
Livro...
E
disse o 7º Sábio- O que acho
significativo , é que mais tarde com a queda da memoria do Templo , se desse
também a “queda” do brasão original do burgo (que contava a estória do martírio
de Iria em 4 quarteis) restando só a imagem da santa, certamente por pressão
popular, se tivermos em conta, certas discussões camarárias no fim da Idade
Média, sobre o Selo da Vila.
Depois deu-se também
descaminho às lápides originais, fabricando-se uma nova “lápide conjunta” que
explicava serem Casta e Júlia tias de Iria, “justificando-as” assim... Na
escrita em pergaminho, costuma-se chamar a isto, um falso...
(selo do concelho de Tomar, no sec XIII, sg. nossa reconstituição, a partir da descrição de Pinho Leal)
-E
o 8º sábio rematou : “Descaminho” que também aconteceria às próprias sepulturas
dos Mestres da Ordem na época do tristemente célebre Frei António o “nosso” Filipe, o Belo(!)... feitor de autos de fé a vivos e mortos,
livros e pedras (!) - cujo irmão (Moniz) andou na fabricação do convento
quinhentista das Clarissas, ali onde era
memória de Iria...
(Entretanto Gualdim regressa a seu primeiro dia tomarense ... prosseguindo pelo
carreiro ermo, que ainda vence a vegetação que o rodeia, outrora rua concorrida
,de norte para sul) .
À distância de um tiro de funda
,descobrimos sinais de presença humana
diferente, a avaliar pelas lápides encontradas: de lavor figurativo com
desenhos geométricos gravados, cruzes gregas, rosas de seis fólios, palmetas
estilizadas, cachos de uvas simbólicos (tal como o vinho se liberta da uva,
assim a alma se liberta do corpo... eis a vinha do Senhor)... estávamos pois agora em zona goda e cristã!
E mais a sul, entre silvas e urzes, velhas paredes
derribadas e uma cruz de ferro. Eis um mosteiro ou abadia cristã!... E
senti uma emoção forte , olhando aquele
campo santo. Houvera alí, sem dúvida,uma igreja tipo basilical com seu poço
batísmal a sul e outras construções,
certamente humildes, casas quandrangulares, místicas de pedra calcárea e
madeira: ainda se viam sinais nas paredes dos encaixes de grossas traves, de
carvalho porventura... talvez oficinas, cozinhas ou celeiros e currais, onde os
monges guardavam seus carneiros...
Paredes edificadas sobre estruturas
/antigas romanas aproveitadas e mais lápides e ossadas paleo-cristãs,tendo
junto aneis,colares e até moedas ... tudo,
no chão que vai da frente da igreja até ao rio. E me chamou a atenção uma moeda do
imperador cristão Constantino, com 2
soldados em pé olhando-se de capacete e
lança apoiando-se nos escudos...Ah aquela
universal milícia que vamos ressuscitar!
...E enquanto os nossos se dessedentam da jornada, num ribeiro de
Canas que ali passa junto à igreja a sul ...entretanto, medito, imóvel, de pé, a mão direita no punho da espada, enquanto meus
lábios murmuram um Pater pelos irmãos que alí viveram e morreram... Ah,como
seria belo aquele tempo, em que o cântico do Kheroubikan se elevava ao céu como
“per fumum” (incenso) e os monges rezavam na postura antiga - de pé, braços
abertos - enquanto o ostiário avançava para o altar, com os vasos sagrados,
sobre um tapete de ramos e flores... Depois, quantas portas estouradas, quantas
profanações, cripta devastada, a cruz derribada e substituída pelo
crescente...a atestá-lo : uma moeda muçulmana ali encontrada datada do século
oitavo e a ceramica escura :púcaros de barro e potes com asas,de bordos com
perfis de secção triangular ( datada de á volta do milénio),encontrada nos arredores
{
Segundo as memórias
escritas e confirmadas , aqui se localizou, efectivamente, a paróquia de Sélio,
no século VI, na continuidade da Sellium romana; denotando ser esta uma urbe
desenvolvida à época . Tal o afirma o Paroquial suévico de 565, que descreve a
diocese de Coimbra (governada por Lucêncio, do Lorvão) estendendo-se do Douro
até Selium (pelo menos até 650) e pertencente à metrópole de Braga.
Naquele tempo foi
metropolita de Braga, S. Martinho de Dume o conversor dos suevos arianos em 559
- aquele que escreveu ao rei dos suevos, as chamadas “cartas irénicas” (tal
como “Formula Vita Honesta”) ou sejam:
apelos à compreensão e ecumenismo. (á letra: Irénico vem de Iria ou paz
em grego). Coincidência significativa: também se encontrou aqui uma moeda de
Tessalónica (Grécia)...
Documentalmente, no
século XVI,o cronista Pedro Alvares Seco, afirma haver aqui 2 mosteiros criados no ano 640, um de frades
beneditinos em S,Maria do Selho e outro de irmãs clarissas ,ali onde era sinal
de S.Eyrea,que sofreu martirio em 653...Provavelmente uma data de
conveniência,porque assim tinhamos talvez uma monja e menina virgem de 13
anos,ideal para a lenda (segundo o intervalo de tempo que medeia entre as duas
datas)...
Mas
essa afirmação sofre pelo menos de 2
erros ou imprecisões: primeiramente, se foi Martinho de Dume quem os fundou,
nunca poderia ter sido nessa data concreta , pois já não era vivo , vivera um
século antes!...(S.Martinho chegou à Galiza em meados do sec VI e foi nomeado
bispo cerca de 561,data do 1º Concilio de Braga. A sua acção pastoral insere-se
numa série rápida de reis suevos,com curtos reinados,demonstrando uma certa
instabilidade temporal- vide a Crónica coeva de Joâo Biclarense)... Aliter: não
poderia ali ter havido na época, um convento das clarissas, pela simples razão
de que S.Clara (que fundou essa ordem)
viveu no século XIII ou seja ,uns seis séculos depois!...
Caso aquela estória
estivesse associada ao tempo de Martinho...podia muito bem ser afinal
expressão da luta directa havida entre cristãos e arianos , suevos e godos
(recordada pela tradição anterior da Iria tecedeira de Fonte Arcada, morta
pelos godos)... Recordemos o tempo de Leogivildo ,o godo, que reune um sínodo
ariano em Toledo e devasta o reino suevo em 584,tomando o seu tesouro
real,repositório de sua história e tradição; lutas contra Hermenegildo o filho
que se rebela em Hispalis/Sevilha por questões religiosas...e a própria
perseguição a Joâo Biclarense que se refugia na região de Gerona...
Mas, segundo outros,tal mosteiro dúplice e
familiar (Iria e suas tias) da regra de S.Bento, teria sido fundado por S.Frutuoso, que de
facto viveu na data assinalada, e portanto torna aparentemente, a cronologia
mais coerente.
Só que por outro , S.Frutuoso não aconselhava
mosteiros familiares, antes criticava
aqueles que criavam por si mesmos mosteiros em suas casas e
terras, com seus parentes e servos (conservando a propriedade indivisa)...
“onde se levantam discórdias e até perdição de almas”...quanto muito esta estória
serviria como exempla ..se
atendermos a seu desfecho e ao facto de ter havido,segundo sinais no terreno,
um túnel ligando os ditos mosteiros,
ficando,.segundo a estória… a igreja
noutro local, junto ao paço referido!.(em S.Pedro Fins)....
O certo da época, é a
realidade debatida em concilios regionais ,acerca da permanência de concepções
diversas de monaquismo e crenças não ortodoxas entre cristãos e seus pastores ,
como o “cassianismo” e a decadência moral , condenados no 2º concilio de Hispalis/Sevilha(619)
e a denúncia de residuos de priscilianismo gnóstico, de longa tradição
lusitana, no 3º concilio de Braga
(675)... as experiências de coabitação em ascese de S.Paciano...dualismos e
tentativas de separação da alma de seu envólucro grosseiro ou sarcófago em vida
(curiosa aquela tradição de um sarcófago que se abre no meio do rio,
mostrando/libertando seu santo conteúdo)... e outras teses de ligação
directa ao divino sem intermediários (
aqui confessores assediadores,etc)...
– Havia uma tal confusão
doutrinal na sequela do arianismo acerca da natureza de Deus- que a discussão
caira literalmente na rua como se queixa
irónicamente Gregorio de Nissa
evocando “o cambista que , perguntado pelo curso da moeda , responde com
uma discussão sobre gerado e não gerado; entra.-se na padaria : o Pai, diz o
padeiro, é maior que o Filho, nas termas ,perguntais se o banho está pronto.
alegam-vos que o Filho saiu do nada !”...
- Mendez Pelayo afirmou que estas doutrinas continuaram subterrâneas
na Galiza até à invasão árabe. Nós diríamos que até à Reconquista!... Pois aquando da conquista de Lisboa vemos
nas palavras de um bispo referir
Donato e Pelagio como santos varões...
- O certo também é que a regra de S.Bento é só do final do sec VIII . S.Bento funda a sua comunidade em
Aniano no ano de 782....não podendo portanto aquele mosteiro ser observante de
tal Regra...aliás a primeira comunidade beneditina no território de Portugal só
se assinala no sec XI, segundo A. Matoso!
E quanto a mosteiros fundados por S.Frutuoso
nas Hespanhas , estão registados apenas
o Peonense, Visuniense, Rupianense,
Complutense, Novo, Montélios e ilha de Cádis)...
(Continua)
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